segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Alcunhas

Em conversa com o compadre (João Tavares, para quem não sabe) dizia-me ele "é pá, se calhar é chato estar a actualizar a folha de contactos com alcunhas. Há pessoal que pode não achar muito agradável". Este pertinente e sábio reparo fez-me matutar no assunto e lembrei-me de colocar aqui este post sobre o tema.
De facto, nos anos 80 éramos muito "originais" a alcunhar os colegas de escola. Não sei como será hoje em dia - a minha filha ainda mal diz os "rr"... - mas presumo que, como muitas outras coisas, também nesta área a "coisa" tenha evoluído significativamente. Seja como for, éramos muito maus para uns e mais simpáticos para outros: "bicha", "cagão", "frog", "beta", "adamas", etc, etc, são epítetos que, descontextualizados, soam rude. Mas, naquela altura, naquele ambiente tão familiar, era para nós algo de "normal". Aliás, quem não se recorda do famoso professor de inglês, cujo nome começa por W e acaba em R (tendo pelo meio, de forma perfeitamente aleatória as letras "ALTE") se dirigir a um colega nosso: "bicha! bicha!"... Era algo tão enraizado que já nem pensávamos no assunto.
Ainda hoje em dia, todos me chamam "Paulinho" e todos chamamos "Pui" ao "Pui" (não me lembro do nome verdadeiro dele... ;-)).
Esta espécie de "aviso legal" serve tão só para que os nossos colegas e amigos não se sintam ofendidos - porque não é essa a intenção, de todo! - se por acaso alguns de nós usar esses termos nos comentários ou aqui nos posts. É, digo-o com muita sinceridade, apenas uma forma de saudosismo, para nos lembrarmos do tempo em que não éramos apenas mais um Paulo, um Nuno ou um Ricardo entre tantos outros...
Um grande abraço a todos vós e que a vida vos tenha trazido tudo de bom!

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